O nosso sistema solar consiste de uma estrela média, a que chamamos o
Sol, os planetas
Mercúrio,
Vénus,
Terra,
Marte,
Júpiter,
Saturno,
Úrano,
Neptuno e
Plutão. Inclui: os satélites dos planetas; numerosos
cometas,
asteróides, e meteoróides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte mais rica de energia electromagnética (principalmente sob a forma de calor e luz) do sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é uma estrela anã vermelha chamada Proxima Centauri, à distância de 4.3
anos-luz. O sistema solar completo, em conjunto com as estrelas locais visíveis numa noite clara, orbitam em volta do centro da nossa galáxia, um disco em espiral com 200 biliões de estrelas a que chamamos
Via Láctea. A Via Láctea tem duas pequenas galáxias orbitando na proximidade, que são visíveis do hemisfério sul. Têm os nomes de Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de Magalhães. A galáxia grande mais próxima é a
Galáxia de Andromeda. É uma galáxia em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a 2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de biliões de galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico.
Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteróides giram em volta do Sol na mesma direcção, em órbitas aproximadamente circulares. Se olharmos de cima do polo norte solar, os planetas orbitam num sentido anti-horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano, ou próximo, chamado a
eclíptica. Plutão é um caso especial, porque a sua órbita é a mais inclinada (18 graus) e a mais elíptica de todos os planetas. Por isso, durante uma parte da sua órbita, Plutão está mais perto do Sol do que
Neptuno. O eixo de rotação da maior parte dos planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As excepções são
Úrano e
Plutão, que estão inclinados para um lado.
O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas, que se condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se formou o Sol, contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter contém mais do dobro da matéria de todos os outros planetas juntos. Os satélites dos planetas, cometas, asteróides, meteoróides e o meio interplanetário constituem os restantes 0.015%. A tabela seguinte é uma lista da distribuição de massa no nosso Sistema Solar.
- Sol: 99.85%
- Planetas: 0.135%
- Cometas: 0.01% ?
- Satélites: 0.00005%
- Planetas Menores: 0.0000002% ?
- Meteoróides: 0.0000001% ?
- Meio Interplanetário: 0.0000001% ?
Quase todo o sistema solar, em volume, parece ser um vazio completo. Longe de ser um nada absoluto, este "espaço" vácuo compõe o meio interplanetário. Inclui diversas formas de energia e pelo menos dois componentes materiais: poeira interplanetária e gás interplanetário. A poeira interplanetária consiste de partículas sólidas microscópicas. O gás interplanetário é um ténue fluxo de gás e de partículas carregadas, principalmente protões e electrões --
plasma -- que flui do
Sol, chamado o
vento solar.
O vento solar pode ser medido de uma nave espacial, e tem um efeito importante sobre as caudas dos cometas. Também tem um efeito mensurável no movimento das naves espaciais. A velocidade do vento solar é cerca de 400 quilómetros (250 milhas) por segundo nas proximidades da órbita da Terra. O ponto em que o vento solar atinge o meio interestelar, que é o vento "solar" de outras estrelas, é denominado heliopausa. É uma fronteira teórica aproximadamente circular ou em forma de lágrima, que marca o limite da influência solar, talvez a 100 UA do Sol. O espaço entre os limites da heliopausa, que contém o Sol e os planetas solares, é denominado heliosfera.
O campo magnético solar estende-se para além do espaço interplanetário; pode ser medido na Terra e por naves espaciais. O campo magnético solar é o campo magnético dominante em todas as regiões interplanetárias do sistema solar, excepto nas imediações dos planetas que têm os seus próprios campos magnéticos.
Os planetas terrestres são os quatro planetas mais interiores no sistema solar,
Mercúrio,
Vénus,
Terra e
Marte. São denominados de terrestres, porque têm uma superfície compacta rochosa tal como a Terra. Os planetas Vénus, Terra e Marte têm atmosferas significativas enquanto Mercúrio a tem quase nula.. O diagrama seguinte mostra a distância aproximada dos planetas terrestres ao Sol.
Os Planetas Jupiterianos
Júpiter,
Saturno,
Úrano, e
Neptuno são conhecidos por planetas Jupiterianos, ou Jovianos (semelhantes a Júpiter, ou Jove), porque são todos gigantescos comparados com a Terra, e têm uma natureza gasosa tal como Júpiter. Os planetas Jovianos também são referidos como os
gigantes gasosos, apesar de alguns ou todos poderem possuir pequenos núcleos sólidos. O diagrama seguinte mostra a distância aproximada dos planetas Jovianos ao Sol.
Animação do Sistema Solar |
A Nossa Galáxia Via Láctea
Esta imagem da nossa galáxia, a Via Láctea, foi tirada com auxílio do Diffuse Infrared Background Experiment (DIRBE), do Cosmic Background Explorer (COBE), da NASA. Esta imagem inédita mostra a Via Láctea numa perspectiva lateral com o polo norte galáctico em cima, o polo sul em baixo e o centro galáctico no centro. A figura combina imagens obtidas em vários comprimentos de onda próximo do infra-vermelho. As estrelas da nossa galáxia são a fonte dominante de luz nestes comprimentos de onda. Mesmo sendo o nosso sistema solar uma parte da Via Láctea, esta vista parece ter sido obtida de longe porque grande parte da luz vem da população de estrelas que estão mais próximas do centro galáctico do que o nosso Sol.
(Cortesia NASA)
A Galáxia de Andrómeda, M31
A Galáxia de Andrómeda, M31, está a uma distância de 2.3 milhões de anos-luz, sendo por isso a galáxia grande mais próxima da nossa Via Láctea. M31 domina o pequeno grupo de galáxias (de que a nossa Via Láctea também faz parte), e pode ser vista a olho nu como uma "nuvem" alongada com o comprimento de uma
Lua cheia. Tal como a Via Láctea, M31 é um disco de estrelas gigante em forma de espiral, com uma concentração de estrelas mais velhas no centro em forma de bolbo. Sabe-se de há muito tempo que a M31 tem no centro um grupo brilhante e extremamente denso com alguns milhões de estrelas aglomeradas.
(Cortesia Jason Ware)
Obliquidade dos Nove Planetas
Esta ilustração mostra a obliquidade dos nove planetas. Obliquidade é o ângulo entre o plano equatorial de um planeta e o seu plano orbital. Pela convenção da União Astronómica Internacional (UAI), o polo norte de um planeta está acima do plano da elíptica. Por esta convenção, Vénus, Úrano e Plutão têm uma rotação retrógrada, ou uma rotação na direcção oposta em relação aos outros planetas.
(Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)
O Sistema Solar
Durante as últimas três décadas uma miríade de exploradores espaciais escaparam aos confins do planeta Terra e foram descobrir os nossos vizinhos planetários. Esta imagem mostra o Sol e todos os nove planetas do sistema solar tal como foram vistos pelos exploradores do espaço. Começando no canto superior esquerdo está o
Sol seguido pelos planetas
Mercúrio,
Vénus,
Terra,
Marte,
Júpiter,
Saturno,
Úrano,
Neptuno, e
Plutão.
(Copyright 1998 by Calvin J. Hamilton)
O Sol e os Planetas
Esta imagem mostra o Sol e os nove planetas aproximadamente à escala. A ordem destes corpos é:
Sol,
Mercúrio,
Vénus,
Terra,
Marte,
Júpiter,
Saturno,
Úrano,
Neptuno e
Plutão.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
Os Planetas Jovianos ou Jupiterianos
Esta imagem mostra os planetas jovianos
Júpiter,
Saturno,
Úrano e
Neptuno aproximadamente à escala. Os planetas têm o nome de jovianos pela sua aparência gigantesca como a de Júpiter.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
As Maiores luas e os Menores Planetas
Esta imagem mostra as dimensões relativas das maiores luas e dos menores planetas do sistema solar. Os maiores satélites representados nesta imagem são:
Ganímedes (5262 km),
Titan (5150 km),
Calisto (4806 km),
Io (3642 km), a
Lua (3476 km),
Europa (3138 km),
Tritão (2706 km), e
Titânia (1580 km). Ganímedes e Titan são maiores do que o planeta
Mercúrio seguidos por Io, a Lua, Europa e Tritão que são maiores que o planeta
Plutão.
(Copyright Calvin J. Hamilton)
Diagrama de Fotos
Em 14 de Fevereiro de 1990, as câmaras da
Voyager 1 apontaram para o
Sol e fizeram uma série de fotografias do Sol e dos planetas, fazendo o primeiro "retrato" do nosso sistema solar conforme é visto de fora. Esta imagem é um diagrama do modo como as diversas fotos do sistema solar foram feitas.
(Cortesia NASA/JPL)
Todas as Fotos do Retrato de Família
Esta imagem mostra a série de fotografias do Sol e dos planetas feitas em 14 de Fevereiro de 1990, para o retrato de família do sistema solar conforme é visto de fora. Durante o percurso seguido, para o total de 60 fotos tiradas, a nave
Voyager 1 fez diversas fotos do interior do sistema solar de uma distância de aproximadamente 6.4 biliões de quilómetros (4 biliões de milhas) e a cerca de 32° acima do plano da
eclíptica. Neste mosaico, trinta e nove fotos em grande angular ligam seis dos planetas do nosso sistema solar. O que está mais longe,
Neptuno, está 30 vezes mais longe do Sol que a
Terra. O nosso
Sol aparece como o objecto brilhante no centro do círculo de fotos. As inserções mostram os planetas ampliados várias vezes.
(Cortesia NASA/JPL)
Retrato do Sistema Solar
Estas seis imagens coloridas em ângulo fechado foram feitas do primeiro "retrato" do sistema solar tirado pela
Voyager 1, que estava a mais de 6.4 biliões de quilómetros (4 biliões de milhas) da
Terra e a cerca de 32° acima do plano da
eclíptica.
Mercúrio está perto demais do
Sol para poder ser visto.
Marte não foi detectado pelas câmaras da Voyager devido à dispersão da luz solar na objectiva, e
Plutão não foi incluído no mosaico por causa do seu pequeno tamanho e da distância ao Sol. Estas imagens, da esquerda para a direita e de cima para baixo, são
Vénus,
Terra,
Júpiter,
Saturno,
Úrano e
Neptuno.
(Cortesia NASA/JPL)
Resumo sobre o Sol e os Planetas |
A tabela seguinte lista informações estatísticas do Sol e dos planetas:
| Distância
(UA) | Raio
(Terra) | Massa
(Terra) | Rotação
(Terra) | # Luas | Inclinação
Orbital | Excentricidade
Orbital | Obliquidade | Densidade
(g/cm3) |
Sol | 0 | 109 | 332,800 | 25-36* | 9 | --- | --- | --- | 1.410 |
Mercúrio | 0.39 | 0.38 | 0.05 | 58.8 | 0 | 7 | 0.2056 | 0.1° | 5.43 |
Vénus | 0.72 | 0.95 | 0.89 | 244 | 0 | 3.394 | 0.0068 | 177.4° | 5.25 |
Terra | 1.0 | 1.00 | 1.00 | 1.00 | 1 | 0.000 | 0.0167 | 23.45° | 5.52 |
Marte | 1.5 | 0.53 | 0.11 | 1.029 | 2 | 1.850 | 0.0934 | 25.19° | 3.95 |
Júpiter | 5.2 | 11 | 318 | 0.411 | 16 | 1.308 | 0.0483 | 3.12° | 1.33 |
Saturno | 9.5 | 9 | 95 | 0.428 | 18 | 2.488 | 0.0560 | 26.73° | 0.69 |
Úrano | 19.2 | 4 | 17 | 0.748 | 15 | 0.774 | 0.0461 | 97.86° | 1.29 |
Neptuno | 30.1 | 4 | 17 | 0.802 | 8 | 1.774 | 0.0097 | 29.56° | 1.64 |
Plutão | 39.5 | 0.18 | 0.002 | 0.267 | 1 | 17.15 | 0.2482 | 119.6° | 2.03 |
* O período de rotação do Sol à superfície varia de aproximadamente 25 dias no equador até 36 dias nos polos. No interior, abaixo da zona de
convecção, parece rodar com um período de 27 dias.