domingo, 3 de abril de 2011

OS NOVE PLANETAS

  O sistema solar consiste do Sol; os oito planetas, pelo menos três "planetas anões", mais de 130 satélites dos planetas, um grande número de pequenos astros (os cometas e asteróides), e o meio interplanetário. (Existem provavelmente muito mais satélites planetários que ainda não foram descobertos.)
O sistema solar interior contém o Sol, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte:
   O principal cinturão de asteróides (não mostrado) fica entre a órbita de Marte e Júpiter. Os planetas do sistema solar exterior são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno (Plutão agora é classificado como planeta anão):
   A primeira coisa a se notar é que a maior parte do sistema solar é composto de espaço vazio. Os planetas são muito pequenos se comparados aos espaços entre eles. Até os pontos nos desenhos acima são grandes demais para estar na mesma escala que as órbitas.
As órbitas dos planetas são elipses com o Sol em um dos focos, embora Mercúrio e Plutão terem órbitas quase circulares. As órbitas dos planetas estão mais ou menos no mesmo plano (chamada de eclíptica e definida pelo plano da órbita da Terra). A eclíptica está inclinada somente 7 graus em relação ao plano do equador do Sol. A órbita de Plutão é a que mais se desvia do plano da eclíptica com uma inclinação de 17 graus. Os diagramas acima mostram os tamanhos relativos das órbitas dos nove planetas de uma perspectiva um pouco acima da eclíptica. Todos eles orbitam na mesma direção (anti-horário olhando acima do pólo norte do Sol); todos menos Vênus, Urano e Plutão também tem a sua rotação no mesmo sentido.
(Os diagramas acima mostram a posição correta para Março de 2002 geradas pelo programa para PC Enciclopedia Galactica; existem também muitos outros programas planetários disponíveis.)

   A composição acima mostra os oito planetas e Plutão com os tamanhos relativos aproximadamente corretos (veja outra composição similar e uma comparação dos planetas terrestres ou Anexo 2 para mais).
   Um modo para ajudar a visualizar os tamanhos relativos no sistema solar é imaginar um modelo que está reduzido em tamanhi pelo fator de um bilhão (1e9). Assim, a Terra tem cerca de 1,3 cm de diâmetro (o tamanho de uma uva). A Lua orbita uns 30 cm de distância. O Sol tem 1,5 metros de diâmetro (quase a altura de um homem) e 150 metros (cerca de um quarteirão) da Terra. Júpiter tem 15 cm de diâmetro (o tamanho de uma grande toranja) e 5 quarteirões distante do Sol. Saturno (do tamanho de uma laranja) está a 10 quarteirões; Urano e Netuno (limões) estão a 20 e 30 quarteirões. Um ser humano nesta escala é do tamanho de um átomo; a estrela mais próxima estaria a cerca de 40.000 km distância.
   Não estão mostrados nas ilustrações acima os numerosos pequenos astros que habitam o sistema solar: os satélites dos planetas; o grande número de asteróides (pequenos corpos rochosos) orbitando o Sol, a maioria entre Marte e Júpiter mas também em outros lugares; e os cometas (pequenos corpos congelados) que vem e vão das profundezas do sistema solar em órbitas altamente alongadas e em orientações aleatórias em relação à eclíptica. Com algumas poucas exceções, os satélites planetários orbitam no mesmo sentido que os planetas e aproximadamente no plano da eclíptica mas isto não é geralmente verdade para cometas e asteróides.

Classificação

   A classificação destes objetos é tema de alguma controvérsia. Tradicionalmente, o sistema solar é divido em planetas (os grandes corpos orbitando o Sol), seus satélites (tambem conhecidos como luas, objetos de tamanhos variáveis orbitando os planetas), asteróides (pequenos objetos densos orbitando o Sol) e cometas (pequenos objetos congelados com órbitas altamente excêntricas). Infelizmente, o sistema solar mostrou-se mais complicado que o imaginado:
  • existem algumas luas maiores que Plutão e duas maiores que Mercúrio;
  • existem várias pequenas luas que provavelmente eram asteróides que posteriormente foram capturados por um planeta;
  • cometas algumas vezes "param" e tornam-se iguais aos asteróides;
  • objetos do Cinturão de Kuiper e outros como Chiron não se encaixam bem neste esquema;
  • os sistemas Terra/Lua e Plutão/Caronte são às vezes considerados "planetas duplos".
   Outras classificações baseadas na composição química e/ou ponto de origem podem ser propostas com o intuito de serem fisicamente mais válidas. Mas elas geralmente acabam também tendo muitas classes ou muitas exceções. A conclusão é de que muitos astros são únicos; e que nosso conhecimento atual é insuficiente para estabelecer categorias adequadas. Nas páginas seguintes, usaremos as categorizações convencionais.
   Os nove corpos chamados convencionalmente de planetas são geralmente classificados de vários modos:
  • pela composição:
    • planetas terrestres ou rochosos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte:
      • Os planetas terrestres são compostos principalmente de rocha e metal e têm densidade relativamente alta, baixa rotação, superfície sólida, sem anéis e poucos satélites.
    • planetas jovianos ou gasosos: Júpiter, Saturno, Urano, e Netuno:
      • Os planetas gasosos são compostos principalmente de hidrogênio e hélio e geralmente têm baixa densidade, rotação rápida, atmosferas densas, anéis e muitos satélites.
  • por tamanho:
    • planetas pequenos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
      • Os planetas pequenos têm diâmetro menore que 13.000 km.
    • planetas gigantes: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
      • Os planetas gigantes têm diâmetro maior que 48.000 km.
    • Os planetas gigantes são também chamados de gigantes gasosos.
  • pela posição em relação ao Sol:
    • planetas internos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
    • planetas externos: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
    • O cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter forma a fronteira entre o sistema solar interior e o sistema solar exterior.
  • pela posição em relação à Terra:
    • planetas inferiores: Mercúrio e Vênus.
      • mais próximos do Sol que a Terra.
      • os planetas inferiores apresentam fases como as da Lua quando vistos da Terra.
    • Terra.
    • planetas superiores: Marte até Netuno.
      • mais longe do Sol que a Terra.
      • os planetas superiores sempre aparecem plenos ou próximo a isso.
  • pela história:
    • planetas clássicos: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, e Saturno.
      • conhecidos desde a pré-história
      • visíveis a olho nu
    • planetas modernos: Urano e Netuno.
      • descobertos na era moderna
      • visíveis apenas através de telescópios
    • Terra.
    • A União Astronômica Internacional decidiu recentemente que "clássicos" deveriam ser os oito planetas (Mercúrio até Netuno, incluindo a Terra e mas não Plutão). Isto contraria a história porém faz algum senso do ponto de vista do século 21.

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